Por: Letícia Moraes
A MC Deize Tigrona está de volta! Conhecida como a pioneira nas letras feministas do funk carioca, ela chega com o clipe de sua nova faixa “Madame”, produzida pelo DJ gaúcho Chernobyl e lançado pelo selo paulistano Funk na Caixa. Após quatro anos sem gravar por motivos pessoais, Deize retorna explodindo críticas em proteção aos direitos das mulheres.
O clipe contou com a direção de Bruno Bertolazzi e foi gravado no terraço do prédio Hotel Cambridge, que é ocupado desde 2012 por famílias sem-teto. O trabalho também traz imagens da apresentação de Deize Tigrona na festa Molotov Day, no Lions, que aconteceu no mesmo dia em julho.
“Madame” se trata de uma faixa política, e por isso a escolha do local não poderia ter sido melhor: um lugar aonde as pessoas vivem sem a presença do governo, apenas com a ajuda de ONGs que dão aulas e prestam serviços. “Preta” (que pede para ser identificada assim) é a líder da ocupação que além de autorizar as gravações, ainda fez questão de participar do clipe.
Tigrona acaba de assinar um contrato com a Toca Produções, produtora carioca, e está cheia de novidades chegando. Em sua carreira ela já se apresentou com a M.I.A no Tim Festival em 2005, e também subiu ao palco do Rock in Rio Lisboa de 2008 ao lado dos portugueses Buraka Som Sistema.
Deize trouxe ao funk a voz das mulheres em um novo tipo de feminismo, black bock, que surgiu na Cidade de Deus mas rodou por pistas de danças de muitos outros lugares. E agora inova suas ideias sem fugir de seus ideais com o clipe de “Madame” em parceria com o DJ Chernobyl.