Britônicos traz influências do rock inglês e progressivo em álbum “… ou não”

Por: Vinícius Aliprandino

2017_04_britonicos_por Marina Morena
Crédito da foto: Marina Morena

Recentemente, a banda Britônicos deu vida ao seu primeiro álbum. “… ou não” traz uma variedade sonora, que passeia por influências do Rock Inglês, Experimental e o Rock and Roll clássico.

Ao longo das 10 faixas que compõem o disco, o grupo formado por Felipe Gonçalves (voz e guitarra), Lennon Fernandes (guitarra), Claudio Froncillo (baixo) e Gustavo Scripelliti (bateria), a banda exibe uma gama de estilos que vão desde o Britpop, até o Rock Progressivo, que contam com altas doses de momentos instrumentais.

A masterização do álbum foi realizada por Renato Coppoli (Audio Freaks!). As imagens do disco são de Lennon Fernandes e Renan Alves, enquanto que o a arte gráfica tem os créditos de Renan Alves. As gravações aconteceram no estúdio do guitarrista Lennon Fernandes.

 

Faixa a faixa

… ou não” tem início na faixa “Já Não Sei Mais”. Logo de cara, o grupo exibe uma concordância de um baixo gingado, com a bateria compassada e solo da guitarra em uma introdução misteriosa, que deságua nos versos cantados por Felipe.

A intenção, a mensagem, posso sentir
Cada intenção, cada imagem, posso sentir
Mostre então, destas fases, quais viver
Deixe então que eles passem por você

Em seguida é a vez de “Continuo Procurando”. Rápida e pesada, as bases do contrabaixo ditam os passos da música.  No refrão, o destaque fica com bateria e vocal. Ambos os elementos se unem em momentos, onde fica ainda mais evidente a qualidade dos respectivos músicos. Antes que a música acabe, tem o solo de guitarra para fazer viajar e encerrar a velocidade e energia produzida ao longo da canção.

ID” começa mais tranquila. Acalma os ânimos, que foram aflorados na faixa anterior, mas intercala, entre versos e refrões, o ritmo tranquilo e melancólico. Em em outros instantes, entra uma sonoridade que gruda na cabeça e se mostra mais otimista, estampada nas palavras:

Posso mostrar um mundo bem melhor
Vem duvidar que eu sei de cor
Melhor mostrar que o mundo eu sei de cor
Vem duvidar

2017_02_britonicos_por Marina Morena
Crédito da foto: Marina Morena

A quarta faixa é “Hoje”. Uma mudança drástica pode ser percebida nesse momento do disco. Com elementos presentes na música que vão além do quarteto “voz, guitarra, baixo e bateria”, a canção permite a banda explorar uma sonoridade diferenciada e experimental.

Dentro da própria faixa, o ritmo muda a cara. A partir do meio, parece que outra música se inicia, dando lugar ao peso, solos e vocais mais gritados. Entretanto, tudo isso sem deixar de lado o jeito mais psicodélico de “Hoje”.

Chegamos na metade do disco. A música aqui é a “O Último Hausto”. Mais uma vez a banda mostra uma combinação da cozinha que faz gingar e com certeza faz mexer o esqueleto, em uma dança sem passos pré-estabelecidos, levando o ouvinte a entrar no esquema, de modo que o experimental, não fique apenas na música, mas também em uma possível dança. E como a “Britônicos” trouxe a proposta do rock experimental e psicodélico para algumas faixas do disco, mais uma vez, a partir do meio da canção, é como se outra música tivesse iniciado. A viagem permite nos lembrar das músicas e perceber a influência de Pink Floyd.

2017_07_britonicos_por Marina Morena
Crédito da foto: Marina Morena

Em “Feedback”, a Britônicos deixa o experimental um pouco de lado e traz uma pegada de peso. A guitarra ainda carrega efeitos psicodélicos, e baixo e bateria resgatam o estilo misterioso que estava presente no início do disco.

A sétima faixa é “High” e segue a mesma fórmula. Refrão pesado e daqueles que os versos grudam na cabeça. Os riffs da guitarra em parceria com as batidas de teclado, lembram situações de filmes de máfia, no qual algum gangster dirige por uma autoestrada.

Inevitável” começa no violão. A faixa mais tranquila do álbum, porém sem deixar de casar com breves momentos de pesos e refrões com vocais mais altos.

Entro e crio cena. Sei que você quer.
Venha! Não me importa!
Faça o que quiser!

Em “Constelações”, a banda contou com uma “participação” especial. Ao longo da música, o trecho de uma fala do astrofísico “Neil Degrasse Tyson” se faz presente na canção. Tyson é famoso por vídeos, nos quais discute a respeito de mistérios do universo e religião. Para ter direito a fala do astrofísico, a Britônicos entrou em contato com um assistente da equipe de Tyson, através de e-mails, que solicitou apenas a garantia de que os créditos seriam atribuídos.

A décima faixa é a que carrega o nome do disco – “… ou não”. Com uma pegada mais Blues e Rock Clássico, a faixa conta com segundas vozes, que ecoam por vários trechos da canção. E como a Britônicos faz questão de explorar ao máximo as mudanças de ritmos dentro de uma mesma música, em “… ou não”, a faixa vai de encontro, mais uma vez, com refrão de impacto, pesado e emocionante. A música é a maior do disco – 10m33s. A partir dos 3m23s, a banda traz um instrumental, que segue até o final da canção, como se fizesse acalmar os ânimos, no melhor estilo progressivo, o qual o grupo mostra claramente como sua influência ao longo deste trabalho.

2017_06_britonicos_por Marina Morena
Crédito da foto: Marina Morena

 

Confiram o disco nos links abaixo e acompanhem o trabalho da Britônicos, através da página oficial da banda no Facebook.

 

 

 

 

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