Por: Letícia Moraes

Alaska, aquela banda com um nome de um lugar tão tão distante, mas que reside aqui tão perto, logo na capital paulista. O grupo segue crescendo em sua habitualidade musical, revelando sua nova sonoridade nas canções que deverão estar presentes em seu próximo álbum de estúdio.
No lyric video de “Até o Mundo Acabar” podemos notar um lado mais pessoal e íntimo, que dá destaque à letra do single. A poesia nas entrelinhas da canção, remetem a um ar de esperança. Aquela espera que irá durar até o mundo acabar.
A canção revela um outro lado da banda, assim como os recém lançados “__________vazio” e “NVMO”. Alaska se reinventa, renasce, recria. Sempre com uma intensidade ardente, indo cada vez mais além.
Um mergulho no aprofundamento pessoal, artístico e estético, esse é o resumo do novo trabalho que vem se mostrando aos passos. As músicas se inspiram em relatos dos próprios fãs, que compartilharam histórias pessoais de forma anônima pelo Curious Cat.
“Até o Mundo Acabar” foi produzida por Gabriel Olivieri e André Ribeiro, masterizada por Carlinhos Freitas e a arte do single e vídeo foi de responsabilidade de Guilherme Garofalo.
O guitarrista e vocalista André Ribeiro confessou ter sido essa a primeira música que terminou do disco. Com uma imensidão de ideias que não saiam do papel, mas depois dos eventos que resultaram nessa canção, a composição saiu fluida como água corrente na torneira.
“Acho que eu precisava, antes de qualquer outro assunto, falar sobre isso e registrar esse momento que foi muito importante pra mim. Agradeço muito à pessoa com quem tive esse momento”,comenta André.
A canção é tocante, não apenas pela profundidade da letra, mas pela sintonia musical como um todo. Um encontro de acordes bem sucedidos, com detalhes e arranjos dóceis, uma voz que reluz intimismo e suavidade do começo ao fim. Entonação, ritmo, timbre e musicalidade impecável.
♫ As mãos recusam, não vão se soltar.
Olhares lutam pra não se cruzar.
Enquanto perco toda a fala,
O abrigo do silêncio promete desmanchar.
E não existe meio termo.
Decoro as linhas, me escapa o ar.
E num minuto quase inteiro
O abrigo do silêncio, parece se quebrar. ♫