Por: Letícia Moraes
Depois de 2 anos do lançamento do seu segundo disco, Atlas, Baleia surge com Coração Fantasma. Com a ideia de um “disco vivo” que reflete as alterações causadas pela passagem do tempo e suas interferências externas na criação das músicas.
O grupo teve um estímulo para uma nova forma de concepção de álbum, reestruturando o conceito de fazer um disco previamente criado em um processo fluido e contínuo.
Também vem sendo repensada a relação que as pessoas têm com a música, ela vem mudando. Assim, se torna inevitável refletir na forma do disco, como é feito e lançado. Fugindo das limitações tecnológicas ou grandes estúdios.
Pensando dessa forma, Baleia visou transformar e criar seu próprio método de criação: um trabalho aberto. Onde o próprio percurso da elaboração é registrado musicalmente e também nas redes. Sendo suas músicas idealizadas, compostas, gravadas e lançadas em processo contínuo no decorrer de 2018 e 2019.
O disco será dividido em capítulos, enquanto um é revelado ao público, outra estará sendo gravado. E durante o processo de gravação de um, outro estará sendo criado. O resultado final desse modelo de disco será constatado pelo público e banda, caminhando lado a lado.
O palco fará parte desse roteiro, pois durante seus shows a banda irá apresentar capítulos já registrados e lançados, mas poderá intercalar com faixas inéditas que só serão ouvidas pelo público ali presente.
Já é possível ter acesso a três canções do primeiro capítulo de Coração Fantasma, que foram lançadas em setembro. Não perca a chance de mergulhar nesse mar de reflexões.