Por: Letícia Moraes

Um som delicado, mas repleto de reflexões memorialistas e temáticas urbanas que refletem uma nova juventude amazonense, esse é um resumo do trabalho de Olívia de Amores. Manauara com orgulho, multiartista e que atualmente vem gravando todos os instrumentos de seu álbum de estreia “Não é Doce”.

O objetivo é que esse trabalho esteja finalizado em 2019 com transposições visuais para todas as faixas. Dois singles já possuem vídeos disponíveis e encantadores. Sua carreira ganhou destaque na cena independente através do trio Anônimo Alhures, onde tocou e cantou por 10 anos. Porém ela decidiu tirar as canções que guardava em sua gaveta desde a adolescência e lança-las ao mundo.

Foi em 2013 que ela sentiu um impulso após ganhar o prêmio da Secretaria de Cultura do Amazonas pelo roteiro elaborado para sua canção “Plano Baixo”, sendo esse o primeiro single solo da artista. No final de 2016 e início de 2017 ela passou por uma reviravolta, desde a perda de sua avó até o término de um longo relacionamento, que impulsionaram ainda mais seus rumos.

Ela se trancou em um estúdio com um produtor e começou a trabalhar fielmente em suas canções. Assim surgiu também “Post-it”, como um contraponto ao espírito de “Plano Baixo”, falando abertamente do processo de reconstrução e inspiração após as perdas. O clipe foi gravado durante um ano, filmando um segundo importante de cada dia. As duas canções já possuem vídeos prontos e fazem parte de seu novo trabalho.

A produção musical de “Não é Doce” conta com Bruno Prestes, a masterização é do americano Steve Fallone (responsável por um dos álbuns do Strokes). O trabalho tem muito intimismo da artista, sendo uma revisitação de suas memórias. Uma obra que caminha por diversos pontos do espectro emocional, com dor e esperança e que no fundo passa longe de ser doce.

Ouça, assista e sinta as canções: