“Amanhã Vai Ser Pior”: poesia inerente em EP da Cosmonauta Fantasma

Por: Letícia Moraes

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Segundo EP da One-Man-Band carioca Cosmonauta Fantasma, “Amanhã Vai Ser Pior” mergulha em um lado post-punk e experimental. Suas canções tem a proposta de representar um testamento político sobre o (des)governo emergente, com conteúdo lírico e imerso em uma reflexão.

O EP mantem uma produção lo-fi e gravação caseira que são a assinatura da One-Man-Band, com tem uma engenharia de som profissional. Com mixagem de Bruno Marcus e masterização de Martin Scian, que trazem maior atenção aos detalhes e texturas sonoras.

Uma mistura do calor do Rio, inspirações, poesias descartadas, artifícios de gravações com sons cotidianos, estética agressiva e mórbida, samples de funk, tiroteios de baile funk, entre outras surpresas. Um EP impressionante!

A narrativa não traz nenhum conforto ou solução, é uma crítica dura e pesada. “Amanhã Vai Ser Pior” fala sobre o Morro do Dita (São Gonçalo), abordando como o negro e favelado se envolve no artístico e político. Um enorme abismo coexistente entre a teoria e a prática, nada que defenda interesses ou identifique a resistência. Frio, mas real.

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