Por: Letícia Moraes
Rodolfo Ribeiro, em seu projeto Ambivalente, viaja em memórias no disco “Memorycard”. O álbum foi gravado e produzido por Patrick Laplan e vai além de conceitos de saudade e memória em seus significados puros, é uma reflexão e reconexão com nossas lembranças.
O nome do projeto é inspirado no conceito do álbum, com a ideia de que tudo no final tem uma ambivalência. O disco nasce com oito faixas, sendo cinco inéditas, compostas por Rodolfo com críticas sociais, relatos sobre ansiedade, luto, questionamentos, depressão e amor.
O álbum começa com “Insônia”, que retrata um período de depressão em que Rodolfo perdeu o sono e começou a ler “Nos cumes do desespero” de Emil Cioran, que inspirou a canção.
Em “Palavras” notamos o tema que afaga sobre contrastes de visões, aquela ideias diferentes de um relacionamento que ao fim se completam. Em seguida temos “Suficiente”, que foi lançada como um dos três singles do artista em uma live, a primeira faixa do projeto a ganhar vida e falando sobre autossuficiência.
Na música “Ex-Amigos” (participação do Bronze) podemos notar o tema sobre o luto da perda de confiança. Enquanto em “Falta” ele aborda um vazio que permeia as pessoas, uma necessidade de desconexão com o mundo, intensa e confessional.
“Aniversário” (participação de Saudade), reflete sobre ficar mais velho todos os anos e todas as cargas que nascem junto disso. “Plástico” (participação de Iago Pomponet) fala sobre a era digital e as mudanças das relações humanas através de redes sociais e tecnologia.
Para encerrar o trabalho temos “Arquivos”, seguindo uma linha autobiográfica de todo o álbum, falando sobre um fim pessoal e também com a visão própria de um recomeço.