Por: Vinícius Aliprandino

Mudar, muitas vezes, é necessário. Sentir faz parte da vida. E, se estamos na vida, é necessário viver. Para isso não basta esperar parado. A ação é o primeiro passo para mudar. Então o movimento é uma ação e pode ser colocado como sinônimo da vida.
Influenciado por essa ideia e sentindo a necessidade de mudar, diante da vida e também do trabalhamo lançado anteriormente, onde a calma era o alvo, agora, Pedro Vulpe busca em seu mais novo EP, o movimento.
“Move” surge com 5 faixas, as quais, além da ideia de movimento, também recebem as influências de artistas como Lô Borges, City & Colour, Leonard Cohen, Glen Hansard.
Se, anteriormente, no EP “Zam” contava com voz e violão, agora, no novo trabalho, o artista traz elementos de uma banda maior, porém, sem tirar o foco das cordas, sejam elas vocais ou do violão.
De acordo com o músico, o trabalho, que surge como uma resposta a “Zam”, se mostra destinado a sair do lugar, partir para a ação e transformar o próprio mundo.
“É uma antítese. Eu procurava pela calma no Zam, com o Move eu trato do movimento e entendo que é com ele que as coisas acontecem. É pedir por ação assim que você conquista o sossego”, conta Vulpe.
Faixa a faixa
O EP tem início com a canção “Olhos no Tempo”. Introdução calma com violão e voz, a faixa fala sobre se levantar em um dia, se despedindo do momento anterior e pronto para seguir o novo caminho que segue adiante.
Em seguida é a vez de “Trouble”. Aqui o músico traz a canção em inglês – uma das duas que tem no EP e que dão esse contraste de idioma no disco. A música ganhou um clipe que contou com a assinatura de Ricardo Kump. Destaque para o solo de guitarra, ao lado do compasso da bateria que ocupam de maneira elegante um trecho da música.
A terceira faixa de “Move” é “Madrugada”. Tranquila como a noite que cai em silêncio, a faixa, que é a mais curta do EP (1m24), é também a mais melancólica, traz como pano de fundo e faz jus ao nome da canção, uma madrugada vivenciada, que espera o amanhecer para seguir adiante na vida.
“The Sailor” é segunda música em inglês, que integra o EP. Como alguém que dá um passo no desconhecido, a canção serve de trilha para um passeio por ruas solitárias da cidade, em uma noite solitária, reflexiva e de grande aprendizado.
Encerrando “Move”, “Sonho Febril” surge cantando sobre desejos, luxos e escolhas. Em uma espécie de conversa consigo mesmo, a faixa reflete sobre não existir em vão.
“Sonho febril me desperta a vista e as mãos”.
Entre os versos e refrões, um solo de guitarra surge para ser a cereja do bolo da faixa, se dirigindo ao encerramento desta e então do EP.
Confiram “Move” no link abaixo e acompanhem o trabalho de Pedro Vulpe, através do trabalho do músico no Facebook e no perfil do Instagram.