Por: Letícia Moraes
Caim, novo disco de Zéis. O artista cearense mergulha fundo para falar de um recomeço com seu terceiro álbum solo. Neste trabalho ele explora a versatilidade como instrumentista, com momentos otimistas e apostando no rock e no folk.
O disco é inspirado na parábola bíblica, onde Zéis buscou refletir sobre o conceito da morte como fim e possível recomeço em outro plano. Além disso ainda pegou referência do livro “Caim” de Saramago, que o fez viajar no tempo em estilos e estética.
Com 11 faixas que encaram questões sobre ruptura e enfrentamento, teor espiritual, nostalgia, melancolia, término de relacionamento e uma mescla de sentimentos e sensações.
O disco foi gravado entre novembro de 2018 e julho de 2019, em home studio, usando equipamentos próprios, exceto as baterias que foram gravadas no Comu Studio. Zéis assina produção musical e as composições.
Arthur Guidugli é co-produtor e também responsável pela captação e edição de áudio, ele ainda tocou bateria, percussão, sintetizadores e piano. O álbum conta também com a presença de Tiego Martin, Titi (Comu Studio) na mixagem e masterização e o projeto gráfico de Renata Froan (artista visual).
“As músicas do disco, de modo geral, tratam do fim, mas trago três dimensões dessa questão: uma dimensão pessoal, que envolve as relações amorosas ou não, as relações interpessoais. Trago uma dimensão do mundo, por uma perspectiva social. E trago a dimensão de um outro plano, um plano espiritual, a partir da qual falo da morte, da figura de Deus. Enfim, todas essas dimensões discutidas a partir dessa ideia do fim, que na parábola de Caim é representada pela morte”, explica Zéis.