Por: Vinícius Aliprandino
No avião, a caixa-preta contém os registros de voz e outros dados existentes, contendo o som ambiente das cabines de comando e do sistema de áudio. Quando um acidente acontece, é lá que a perícia faz a busca para, muitas vezes, descobrir qual a causa do acontecimento.
Inspirado por esse sistema de armazenamento, a banda de punk rock ribeirão-pretana, Distúrbio Mental, lançou o álbum intitulado “Caixa Preta”.
O nome se deve ao fato de que as faixas do disco foram gravadas em 2010, porém apenas uma década depois que foram encontradas arquivadas no computador do estúdio, onde o grupo gravou o disco.
De acordo com a banda, as canções estavam armazenadas no computador do ex-baterista, Rômulo Felício, responsável pela gravação.
27 anos e 12 novas velhas faixas
Completando 27 anos de carreira, o Distúrbio Mental pode aproveitar o momento para lançar “Caixa Preta”.
O disco conta 12 faixas de um punk rock, rápido, cru e direto – “Fogo, Nudez e Barulho”, “Horário Gratuito”, “Aposentado”, “Cala a Boca e Sofra”, “Marcha Soldado”, “Mondo Familio”, “Morte aos Parasitas”, “Natureza Morta”, “Ó pra você”, “Porco Poder”, “Quieto” e “Rainha”.
O trabalho marca o primeiro álbum da banda lançado no formato digital. Os discos anteriores – “Asfalto da Morte” e “Ignorância Humana” haviam sido lançados no formato físico, sendo distribuídos em CD.
Com muita energia, os vocais ácidos e rasgados, guitarras distorcidas e cruas, baixos poderosos e diretos e bateria rápida e barulhenta, as músicas tratam dos mais diversos temas críticos, debochados, enfurecidos e revoltados que o punk rock faz questão de colocar o dedo na ferida.
Ficha técnica, antiga e nova formação
“Caixa Preta” foi laçado através do selo Coalla Records. A gravação foi realizada ao vivo no Under Studio (Ribeirão Preto – SP). Na época, o grupo ribeirão-pretano contava com Kelsen Bianco (voz), Giuliano Pereira (guitarra), Dell (baixo e vocal de apoio) e Rômulo Felício (bateria).
10 anos depois, com outra formação, o Distúrbio Mental segue mais vivo do que nunca, ainda contando com o sempre irreverente, carismático e ícone da cena punk ribeirão-pretana, Kelsen, nos vocais.
Entretanto, com nova cara, nesse avião que levanta e se prepara para altos voos insanos, agora com sua caixa preta ativada, encontrada e afiadas, a banda tem Tom Coalla (guitarra e vocal de apoio) May Cisphobia (baixo) e Gustavo Portugal (bateria).
Confiram “Caixa Preta” nos links abaixo e acompanhem o trabalho do Distúrbio Mental, através da página oficial da banda no Facebook e do perfil no Instagram.
“Caixa Preta” no Deezer