Por: Vinícius Aliprandino
Seja em uma São Paulo distópica, porém realista e atual, ou colocando o dedo na ferida das questões da reforma trabalhista e contando com um número grande de participações especiais, com nomes de peso.
O álbum “O Caçador de Androides”, de Yannick Hara, foi lançado pelo rapper, em novembro de 2019. Em maio, o disco completou 6 meses de vida.
Ao longo das canções, o músico faz uma ligação entre o universo cyberpunk da saga Blade Runner, com a realidade atual, carregada de um presente caótico, com futuro ainda mais incerto – seja na questão política e social, ou seja na questão da forma como a tecnologia toma conta das relações humanas.
As faixas
As músicas do disco são “Blade Runner”, que conta com a participação do poeta Rafael Carnevalli; “O Prólogo e o Título”, onde Yannick e Clemente das bandas Inocentes e Plebe Rude, dividem os vocais; “Androides Sonham Com Ovelhas Elétricas?”, que ao lado do rapper, conta com nomes como Moah (Lumiére), Rike (NDK), Keops e Raony (Medulla); “Voight Kampff”;
“Eu Quero Mais Vida Pai”, faixa que traz a participação da cantora Sara Não Tem Nome; “Lágrimas na Chuva”, ao lado do músico Rodrigo Lima da banda de hardcore Dead Fish; “Replicantes”; o punk rock rápido de “Sapper Morton”; “A Ideal Mão de Obra Escrava”; “Eu Sei O Que é Real”, a insana e desesperadora “Caótico Distópico” e “O Artificial”, faixa que encerra o disco e conta com a participação de Cronixta.
Distopia brasileira
Não percam a conta. Em uma época em que os artistas preferem lançar discos mais curtos, o rapper vai na contramão e aposta em 12 faixas que tem muito a dizer – tensão, violência, culto a tecnologia, falta de empatia, ego inflado, entre outros assuntos da distopia real e atual brasileira.
Confiram “O Caçador de Androides” no link abaixo e acompanhem o trabalho de Yannick, através da página e perfil oficiais do rapper no Facebook e no Instagram.