Por: Vinícius Aliprandino
Toda atitude tem um nome de alguma pessoa por trás. Sejam boas ou ruins. Porém, nesse caso, falaremos das boas. Aquelas que foram tomadas por homens e mulheres, que de alguma forma cravaram seus nomes na história, fazendo a diferença para o mundo, de maneira positiva.
É a cada uma dessas pessoas que o cantor e compositor, multi-instrumentista português King John (António Alves) dedica seu primeiro disco.
Intitulado “All The Good Men That Did Ever Exist“, o álbum traz um rock que vai do indie ao alternativo, passando com muita certeza pelo blues e pelo rock clássico, com 9 canções, que bebem das influências de nomes como Black Keys, Charles Bradley, Andrew Bird e The Arcs.
“Este disco é uma homenagem a todos os grandes homens e mulheres que existiram e existem. Pessoas que lutaram e lutam pelos nossos direitos e liberdades; Pessoas que ajudam a preservar a nossa mãe natureza; Pessoas que contribuem para as artes; Pessoas que estão presentes no nosso dia-a-dia e que nos tornam mais fortes e equilibrados.”, explica o cantor.
O lançamento do disco aconteceu em março e agora o Papo Alternativo preparou uma resenha faixa a faixa, do álbum, do músico português, que vocês podem conferir logo abaixo.
Faixa a faixa
“Interlude For Humanity”
Abrindo as portas do disco, a primeira faixa “Interlude For Humanity”, é um instrumental carregado de efeitos que ao longo de mais de dois minutos exibem elementos que passeiam do gracioso para o misterioso e desaguando nas águas emocionantes, com batidas repetidas que se tornam uma verdadeira viagem.
Destaque para o piano ao final da canção, que a cada tecla parece desenhar um caminho até a direção da próxima faixa do álbum.
“Go To France”
Em seguida é a vez de “Go To France“. A música começa mais pesada, com ar de mais barulho, antes do início da voz potente de King John preencher espaços divididos com os instrumentos da música.
O refrão foi feito para ouvir e sair girando, olhando para o céu azul, mas cuidado quem tem labirintite. Gire com moderação. A faixa ainda permite uma rápida pausa, que conta com notas do grave do baixo anunciando para se preparar que a reta final da canção se inicia com força total.
“Walk It Off”
“Walk It Off” é a número 3 do disco. Com uma pegada mais brecada, a guitarra executa riffs incansáveis que dão todo o compasso dançante da música no refrão. O ritmo lembra The Doors, tanto no instrumental, quanto nos vocais.
“Don’t Love Me, Love Yourself”
A quarta canção é “Don’t Love Me, Love Yourself“. Também graciosa em seu início, a faixa se mostra mais livre e solta, com uma pegada mais calma, muito bem acompanhada do piano que dá ares clássicos à canção.
“Island Naive”
Não percam a conta. Já passamos da metade do álbum. A quinta faixa do álbum é “Island Naive” e sua introdução de cordas, percussão e a voz de King John em destaque. Com a entrada dos outros instrumentos a música assume seu lado mais pesado, porém ainda é uma das mais tranquilas do disco, com momentos de vocais emocionantes nos refrãos.
“Whimsical”
“Whimsical” se apresenta quebrando certo padrão que vinha sendo desenvolvido ao longo do álbum. Diferente e insana, a faixa conta com riffs marcantes e uma bateria cheia de gingado.
“Am I Cool Enough?”
Na sequência, King John faz a pergunta “Am I Cool Enough?“. A resposta com certeza é sim pelo ritmo apresentado até aqui. Não deixando de ser diferente na canção carregada de qualidade e, em especial os vocais afinados que fazem jus a todo o contexto envolvido na canção. Com 4 minutos e 10 segundos, a música é a pedida certa pra chamar alguém pra dançar, depois de tirar os sapatos e jogá-los em uma canto da sala de casa.
“All the Good Men That Did Ever Exist”
A oitava música de “All the Good Men That Did Ever Exist” recebe o mesmo nome do disco. De volta ao jeito misterioso, a faixa aos poucos vai criando uma atmosfera catártica, com a bateria cortando os compassos, deixando quem escuta com um gosto de quero mais, de forma que essa siga, através das notas e a voz de King John, a estrada que a música constrói até os momentos finais tomados pelo baixo, vocais abertos e a respiração ofegante do vocalista.
“Short Dance, a True Story”
Dedilhados no violão acompanham os vocais, mais uma vez em destaque, na introdução de “Short Dance, a True Story“, que surge para encerrar o álbum. A faixa toda é composta pelo violão e a voz de King John, dando ao disco um ar de grande final. Como se fosse tocada, acompanhada do por do sol.
King John nasceu e foi criado na ilha de São Miguel, nos Açores, em Portugal. Durante sua adolescência e seus 20 anos procurou pelas mais diferentes formas de viver da música, porém em 2015, o ritmo se tornou a fuga para seu corpo e mente.
Confiram o álbum “All the Good Men that Did Ever Exist” aqui e no link abaixo e acompanhem o trabalho de King John, através da página oficial do músico no Facebook e do perfil no Instagram.