Reinvenção de música, de Zéis, ganha formato, em clipe

Por: Letícia Moraes

Para aqueles que acompanham a carreira musical de Zéis o ano de 2021 será surpreendente. Após o lançamento de seu terceiro álbum solo no ano passado, o artista Caim programa o nascimento de três singles ainda nesse semestre. A primeira canção é “Vai ter Carnaval”, lançada no último dia 29.

A faixa fez parte do seu primeiro álbum solo “De Preto em Blue” (2017), agora foi relançada para ganhar o destaque que ela merece, segundo o artista. As pessoas sempre comentaram com ele o quanto esta música é inspiradora e pediam também um clipe dela.

A composição é uma parceria com o artista Jânio Florêncio. Apesar de escrita já faz quatro anos tem versos atuais, pois a possibilidade de aglomerar está impedida pela pandemia e a letra aborda uma experiência com o carnaval que acontece dentro de uma relação interna.

“Eu estava em uma viagem no interior do Rio Grande do Norte e estava dividindo o quarto do hotel com meu amigo e músico Jânio Florêncio. Após ter tirado aquele cochilo sagrado depois do almoço acordei ouvindo uma melodia no violão blam blam blamblam… Era ele tocando uma ideia musical que estava tendo naquela hora. Falei pra ele que eu tinha tido um sonho em que eu estava desfilando com um estandarte sozinho numa avenida de carnaval. Foi isso que inspirou a gente.”, relata o artista.

O arranjo novo conta com a produção de seu parceiro de outros trabalhos, Artur Guidugli. O produtor apostou na versão orgânica e percussiva, explorando os instrumentos acústicos de forma bem presente, puxando o barco para a música popular brasileira através do violão de nylon e a flauta transversal.

O lançamento foi em formato de clipe, contando com a direção de Neto da Silva, filmado nas praias do Icaraí (Caucaia) e na Barra do Ceará (Fortaleza). Apresentando a beleza e as cores vivas desses cenários deslumbrantes e fazendo uma narrativa de um porta-bandeira, interpretado por Zéis, em sua peregrinação, desde o sofrimento até a redenção (em seu encontro com o mar).

A capa do disco teve origem em uma fotografia feita por Daniel Brainer na locação do videoclipe. A foto é de um estandarte em meio a pedras carregando o título da canção e o nome do cantor com seu ano de nascimento. A imagem teve intervenção da artista visual Renata Froan e nos remete a uma imagem proposta por um poema de Carlos Drummond de Andrade, de uma flor nascendo em meio ao asfalto.

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