Por: Vinícius Aliprandino
Em seu terceiro EP, o cantor e compositor sorocabano, Marcus Zalves, que agora passa a assinar seu sobrenome com a letra Z no início, aborda as questões de pobreza e racismo, embalado pelo ritmos do hip hop.
O álbum “Labuta”, em seus exatos 11m34, traz a estética afro-punk e afrofuturista, com influências de nomes como Racionais MCs, Criolo, Ed Motta e Daft Punk. No total são 4 faixas que compõem o novo trabalho de Marcus.
O EP tem início com uma pequena introdução, que logo de cara já mostra o jeito moderno de “Labuta”. Em seguida as canções na sequência são “32 de Janeiro”, “Órbita”, “Geografia” e “Marquise”, que traz a participação de Augusto Martins.
Recorte e contraste social
O trabalho de Marcus faz um recorte social de como a população pobre e preta está colocada à margem da sociedade brasileira. As questões batem nas teclas que denunciam a precariedade, em que as famílias brasileiras vivem; a corrupção que cerca a sociedade e a política; a censura que bloqueia às manifestações; o racismo estrutural e o genocídio contra a população preta.
“Mais um filho do destino, nordestino do interior
Coração genuíno batendo na boca
E preso pelo um crime que não cometeu
Mas preso pelo um crime que não cometeu”
A escolha pelo estética do afro-punk e do afrofuturista busca as influências dos ancestrais de Zalves, sem deixar de lado a questão “do agora”, traçando um paralelo com o fato de estarmos refém da tecnológia, do imediatismo midiático da notícia. Enquanto isso, contrastando com todo esse “avanço” tecnológico, o país contabiliza 13 milhões de desempregados e o retrogrado genocídio negro, indígena, causado pelo desastre do atual governo.
Para a divulgação do EP, que contou com a produção de Kodux, o músico lançou um vídeo visualizer no Youtube.
Confiram o EP “Labuta” e o vídeo no link abaixo e acompanhem o trabalho de Marcus Zalves, através da página oficial do músico no Facebook e do perfil no Instagram.
1 comentário Adicione o seu